The Wallace Collection | London

Olá!
Ainda tenho algumas coisas para partilhar com vocês da minha ida a Londres em Junho.
Desta vez decidi não o fazer por dias, pois tirei bastantes fotografias e não queria que as publicações ficassem muito longas. Já vos mostrei o meu dia no meio das borboletas, hoje vamos até a um museu que eu nunca tinha visitado: The Wallace Collection.

The Wallace Collection é um Museu que reúne a colecção dos primeiros quatro Marqueses de Hertford e de Richard Wallace, que se pensa ser o filho ilegítimo do quarto Marquês. Abriu ao público como Museu em 1900.
A colecção reúne uma grande variedade de peças francesas do século XVIII, obras dos séculos XVII-XIX, do Renascimento e até medieval, bem como uma das mais impressionantes colecções inglesas de armas e armaduras.
O Museu encontra-se na Hertford House, associada com a família desde 1797, quando o segundo Marquês de Hertford a comprou. O quarto Marquês morreu em 1870 e Richard Wallace decidiu comprar a casa. Após a sua morte foi a sua companheira, Lady Wallace, que lá ficou até à sua morte em 1897.
De 1897 até 19000 foram feitas remodelações de modo a adaptar a casa a um espaço museológico, sendo que deixou de haver as salas de fumo, cavalariças e algumas divisões mais privadas, de modo a dar lugar a sucessivas galerias para albergar o máximo possível da colecção.

O quadro que vêem em cima foi o principal motivo para eu querer visitar este museu. Desde que o estudei nas minhas aulas de História e Cultura das Artes no 11º ano que passou a ser um dos meus favoritos. Voltei a falar dele na Faculdade e paixão manteve-se.
O mal de estudar arte é que muitas vezes me esqueço dos museus ou dos países em que estão algumas das obras. Por isso, só nesta minha 5ª ida a Londres é que me lembrei dele e decidi que era mesmo desta que o tinha de ver.
É de 1767-68 e chama-se O Baloiço e foi pintado por Jean-Honoré Fragonard, um pintor francês do estilo Rococó, muitas vezes associado a Maria Antonieta, pois representa luxo e exuberância, com toques de cores pastel, volumes e natureza.
Fiquei muito feliz quando o vi e demorei-me frente a ele, para ter a certeza que via todos os detalhes que já havia estudado dezenas de vezes através de imagens.

Há detalhes incríveis por toda a parte, desde as cores e dos padrões das paredes, que mudam de sala para sala, às molduras magníficas de cada pintura ou aos relógios.
Ai os relógios. Um por cada lareira que existe, sem dúvida uma das coisas que mais me fascinou. Admito que nem sou a maior apreciadora de relógios, não uso nenhum no pulso, não tenho no quarto. Mas estes encantaram-me, porque, para além de serem muito bonitos e extremamente trabalhados, estavam todos a funcionar, o que é raro. Isso, para mim, só mostra a dedicação que há no Museu para que tudo seja mostrado nas melhores condições, e os relógios fazerem tick tack dá logo outro ambiente, porque é uma presença marcada em cada sala.

A obra acima é mais um dos highlights do Museu. É O Cavaleiro Sorridente de Frans Hals, um pintor holandês que tem aqui a sua obra mais conhecida. Um pintura de 1624, considerado um dos retratos mais brilhantes da época Barroca.
O mais curioso nestas obras ditas mais conhecidas é que estão ao mesmo nível que todas as outras. Nenhuma recebe mais destaque, estão por ali à espera de serem descobertas, tal como todas as outras.

Fiquei muito feliz com a decisão de visitar este Museu. Achei-o extremamente bonito com muitos detalhes, como já referi, e com obras muito interessantes por descobrir. Há muitos retratos, como é normal num Museu que albergue obras destes séculos, mas não se tornam cansativos nem aborrecidos. Há inclusive uma sala em que todos os retratos incluem também um animal!

Se forem a Londres não se esqueçam deste Museu. A entrada é gratuita e não demoram muito tempo, embora haja muito para ver e absorver.
Conheço uma rapariga que lá foi por eu publicar fotos no Instagram e agradeceu-me por o ter feito, pois adorou o Museu!
Passou, sem dúvida, a ser um dos meus favoritos, e considero lá voltar!

Lena ♥

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