sexta-feira, 2 de março de 2018

The Shape of Water


Olá!
Na quarta-feira, depois de eu e o meu irmão vermos The Post, os meus pais juntaram-se a nós e fomos ver The Shape of Water.
Muito se tem dito sobre este filme. Já vi os melhores comentários do mundo, como também já vi quem dissesse que não é tão bom quanto toda a gente quer fazer parecer. Confesso que, assim sendo, fui ver o filme com as expectativas bastante altas e a achar que não ia gostar assim tanto.
Este é o filme com maior número de nomeações nos Oscars deste ano, sendo elas: Melhor Filme, Melhor Actriz Principal (Sally Hawkins); Melhor Actor Secundário (Richard Jenkins); Melhor Actriz Secundária (Octavia Spencer); Cinematografia; Design de Figurinos; Realizador (Guillermo del Toro); Edição de Filme; Melhor Banda Sonora; Design de Produção; Edição de Som; Mistura de Som; Melhor Argumento Original.


Dos poucos filmes nomeados para Melhor Filme é dos poucos que não é baseado em factos verídicos e o único que se encaixa no mundo da Fantasia.
Elisa Esposito (Sally Hawkins) é uma rapariga muda que limpa as instalações de um edifício governamental e que, por isso, trabalha durante a noite, tendo horários distintos de quase toda a gente, o que resulta em poucos relacionamentos pessoais. As excepções são o seu vizinho Giles (Richard Jenkins) e a sua colega de trabalho Zelda (Octavia Spencer), que a animam com as suas histórias.
O facto de ser muda não impede Elisa de fazer o que quer que seja, mas faz com que se sinta incompreendida e sem ela própria saber quem realmente é.
Até que chega ao edifício em que trabalha um homem anfíbio (Doug Jones), também ele incompreendido e sem forma de comunicar, a não ser por gestos, tal como Elisa, ou sons.
Elisa sente uma ligação entre ambos e que é obrigação dela retirar este homem daquele local, onde é vítima de experiências e, consequentemente, mal tratado pelo encarregado da segurança Michael Shannon (Richard Strickland), que assume aqui um papel de quase vilão.

Esta é uma história magnífica sobre o amor acima de tudo e como é preciso acreditar que tudo, absolutamente tudo, é possível. É perfeitamente visível o porquê de tantas nomeações em tudo o que é entrega de prémios cinematográficos e o porquê de ser tão falado.

A cinematografia é belíssima, com detalhes que nos ligam aos anos 60, altura em que o homem chegou à lua, seja nas ruas, nas roupas, no jeito de falar ou na música constantemente presente, que Elisa e o seu vizinho adoram e admiram.
A tal música, aliada à excelente banda sonora, dá o ritmo a muitas das cenas e adequa-se perfeitamente ao que vem a seguir ou ao que já aconteceu.

Sally Hawkins é incrível. Sendo que a sua personagem não fala, tem a missão redobrada de conseguir passar tudo através da linguagem corporal e das emoções, algo que consegue fazer sem problema algum e é como se tudo o que ela sente enquanto Elisa se passasse em nós também. Conseguimos perder-nos nas emoções de Elisa e em toda a força que traz ao filme, e como acredita ser capaz de tudo.
Octavia Spencer e Richard Jenkins trazem a comédia e a normalidade ao filme, sendo personagens marcantes que ajudam por acreditarem sem duvidar, o que faz com que não pensem duas vezes em ajudar Elisa, tentando dar-lhe também alguma normalidade e ajudá-la na procura de quem é.
Richard Strickland é um vilão que não o é, pois a sua personagem simplesmente segue ordens, de modo a conseguir uma melhor qualidade de vida para si e para a sua família. É quem traz o elemento de terror ao filme, com cenas de arrepiar.
Doug Jones é o homem anfíbio, uma personagem completamente caracterizada e com pormenores brilhantes. Conseguimos sentir compaixão por este ser e perceber o que move Elisa na sua luta por o salvar, sendo ele, então, quem traz o tom de fantasia ao filme.



Não podem deixar de ver este filme e, sem dúvida que, tudo o que vai acontecer enquanto o virem vai ser sentir e acreditar.
Se tiverem de ser selectivos quantos aos filmes nomeados a ver, por favor façam deste um deles!

Já algum de vocês viu o filme? Consideram que vale todas as nomeações que tem?



Lena ♥




© Helena Pereira, The Shape of Water, 2018 All Rights Reserved.

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