quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Oscars Nominees 2018 | Round 1


Olá!
Como prometido, estou aqui para vos falar sobre alguns dos filmes com nomeações para os Oscars deste ano. Como vou falar de mais do que um filme, o texto relativamente a cada um será mais breve do que o costume, mas espero que consigam compreender na mesma no que consiste o filme e qual a minha opinião acerca do mesmo.
Vamos lá começar. Aqui ficam 6 filmes.

The Big Sick

The Big Sick é baseados na história de Kumail Nanjiani (interpretado por ele próprio) e Emily Gardner (Zoe Kazan). Ele é um comediante paquistanês e ela uma aluna de mestrado que pretende seguir Psicologia. Conhecem-se num Clube e apesar de ele saber que a relação está, à partida, condenada, devido à tradição paquistanesa do casamento arranjado, deixa-se envolver. É uma relação forte, mas que acabada por ser fugaz, pois Emily não tem noção das tradições que Kumail supostamente tem de seguir. E tudo fica pior quando Emily fica subitamente doente e acaba em coma induzido no Hospital.
Apesar de ser um filme baseado numa história verídica, acaba por ser um pouco cliché. O início e o fim do filme têm muito mais a acontecer do que a hora que lhes fica no meio, mas nem por isso se torna um filme aborrecido. Existem alguns momentos comoventes que dão um bom ritmo à histórica, bem como um contraste ao tom de comédia.
É um bom filme com boas prestações por parte dos actores.

Nomeação: Argumento Adaptado.


Baby Driver

Baby Driver conta a história de Baby (Ansel Elgort), um rapaz que, após ter sido contratado por um criminoso como forma de pagar uma dívida, se vê como o condutor de uma rede de assaltos sistemáticos e muito bem delineados. Uma característica que define este rapaz é o facto de, para além de conduzir de forma absolutamente espectacular e eficaz, é ouvir música constantemente. Com uma colecção de iPods dedicados a vários humores, momentos ou estilos musicais, é a sua música que dá ritmo à sua condução, bem como a todo o filme.
Sem dúvida que as nomeações de cariz técnico são as que melhor se adequam a este filme, pois a história não é propriamente nada de novo e as interpretações, embora não sejam más, não são as melhores de 2017. A edição e o som, porém, estão soberbas, e as imagens e banda sonora encaixam-se perfeitamente.

Nomeações: Mistura de Som; Edição de Som; Edição de Imagem.



Lady Bird

Christine "Lady Bird" MacPherson (Soairse Ronan) é uma aluna do último ano do secundário que anseia por viver e descobrir mais e, principalmente, deixar Sacramento, onde diz não haver nada para ela. Uma história, a certo ponto, semelhante com a de Call Me By Your Name, que mostra o coming of age de uma adolescente, a descoberta de coisas novas, dos outros e dela própria.
Este tem sido um filme bastante falado e talvez por isso me tenha desiludido. Tinha as expectativas extremamente altas e não foram assim tão correspondidas. É um filme bastante bonito visualmente e foca assuntos importante e que muitas vezes são deixados de parte. As interpretações são muito boas e a cinematografia belíssima, mas não me marcou como eu estava à espera. A história, o seu desenrolar e conclusão acabam por não ser nada de muito inovador.

Nomeações: Actriz Principal (Soairse Ronan); Actriz Secundária (Laurie Metcalf); Realizadora (Greta Gerwig); Argumento Original.


Molly's Game

Molly's Game conta a história verídica de Molly Bloom (Jessica Chastain), uma antiga campeã olímpica na categoria de ski que, devido a um acidente, acaba por mudar de cidade e de vida. Através do patrão que tem num escritório, entra no mundo do Poker e em alguns anos passa de uma mera cashier a dona de um império de milhões...até que tudo muda e é acusada de uma série de crimes. A acção do filme decorre na altura em que se prepara para julgamento e enquanto conta tudo ao seu advogado, vemo-nos remetidos para os acontecimentos passados.
Fico estupefacta por este filme ter apenas uma nomeação. A história é incrível e é contada de forma brilhante. Chastain faz uma interpretação fantástica e merecia, sem dúvida alguma, uma nomeação. A cinematografia está, a meu ver, no ponto, com uma particularidade que me agradou bastante: o foco nem sempre está no acontecimento principal, mas nem por isso deixa de mostrar algo menos importante.
Vale muito a pena ver e aconselho também que façam uma pesquisa de entrevistas e reportagens depois de verem o filme. De certeza que vão ficar estupefactos com algumas das coisas e principalmente com alguns dos intervenientes originais.

Nomeação: Argumento Adaptado.


Roman J. Israel, Esq.

Roman J. Israel, Esq. (Denzel Washington) é um advogado de defesa extremamente idealista que, no espaço de 3 semanas e após uma situação inesperada, se vê envolto numa mudança que o leva a alterar não só quem é, mas também a sua maneira de actuar perante as coisas. Desta forma, acaba por fazer algo que normalmente não faria, o que lhe pode trazer algumas complicações.
Para mim, este é um filme muito semelhante ao Fences, o qual Denzel Washington também protagonizou. Sem dúvida que transmite uma mensagem, mas não é um filme que prenda, bem como Denzel, que apesar de ter uma boa prestação e conseguir, uma vez mais, mostrar a sua versatilidade, já esteve bem melhor. A nível cinematográfico não é extremamente explorado, embora tenha momentos de close-up e paisagem muito interessantes. O que mais gostei é o facto de o guião ser quase um monólogo, mas que nunca se torna aborrecido.

Nomeação: Actor Principal (Denzel Washington).


The Disaster Artist

Um filme baseado numa parte da vida de Tommw Wiseau, um homem que tinha o sonho de ser actor. Decidiu, juntamente com o colega e amigo Greg Sestero, mudar-se para Hollywood. Acaba por decidir que quer produzir e protagonizar um filme e The Disaster Artist mostra-nos essa fase. O filme produzido por Wiseau é The Room, que estreou em 2003 e é tido como um dos piores filmes de sempre, tendo até o estatuto de culto.
Confesso que não conhecia esta história. Os primeiros 15 minutos do filme foram estranhos, pois a personalidade de Wiseau é estranha e absolutamente extravagante. Mas é dos filmes nomeados que mais gostei de ver.
James Franco fez um excelente trabalho enquanto realizador e ainda melhor enquanto actor. Consegui sentir toda uma série de emoções em relação a este homem e fique com vontade de saber mais sobre ele, o que acabou por se revelar um pouco complicado, porque mesmo quem o conhece não sabe tudo.
Tenho muita pena que James Franco não tenha uma nomeação para melhor actor, pois captar e conseguir transmitir a pessoa que Tommy Wiseau é, não é para todos. Na minha opinião, merecia muito mais a nomeação do que Denzel Washington, e penso que a decisão de não o nomearem se deva ao facto das acusações de abuso que enfrenta actualmente.

Nomeação: Argumento Adaptado.


Já viram algum dos filmes? Concordam com todas as nomeações que têm? Ou acham que alguns deles deviam ter mais nomeações?

Daqui a uns dias trago-vos a segunda ronda de nomeados.



Lena ♥




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