quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Évora for a day


Olá!
Já vamos quase no Inverno (embora o Outono ainda mal tenha chegado) e eu ainda tenho algumas fotografias do meu Verão para partilhar com vocês.
Como no dia 1 de Dezembro vou começar com o meu mês de posts natalícios, vou fazer o máximo de posts possíveis até lá, para não ficar nada por partilhar.

Bem, depois de Madrid, eu, os meus pais e o meu irmão fomos passar uns dias a Sines, mas antes disso fizemos uma paragem por Évora. Nunca lá tinha ido e queria muito ver o Templo de Diana, a Sé e, claro está, a Capela dos Ossos.
Estivemos lá um dia e gostei imenso! E parece que tivemos sorte, porque pouco tempo depois o Templo de Diana entrou em obras, então está todo tapado.











Não conheço muito do Alentejo, mas fico sempre fascinada com as cidades alentejanas. Pensei que Évora fosse muito mais mexida, mas, apesar de todas as pessoas que por lá andavam, é bastante calma. Claro que os monumentos principais tinham imensas pessoas, mas mesmo assim a calma pairava e tudo se vê com o máximo detalhe.
Não sou a maior apreciadora de Arquitectura Gótica e nem tinha 100% interesse em ver a , mas os meus pais quiseram e insistiram e confesso que ainda bem que assim foi. Este monumento marca a transição do Românico para o Gótico e por isso são visíveis detalhes de ambos os estilos. Não foi possível fotografar o interior, apenas o exterior, o claustro e o telhado. Fiquei mesmo feliz por podermos subir ao telhado, pois acho que é um dos melhores sítios para ver os detalhes desta arquitectura e ter uma noção do local onde se encontram os edifícios e a sua importância na cidade.





Muito perto da Sé está o Templo de Diana.
Faz-me feliz a quantidade de construções da antiguidade romana que podemos encontrar em Portugal, e sabe-se lá o que mais existe por aí que ainda não se encontrou.
Sempre quis visitar o Templo de Diana. Confesso que pensei que ficava num sítio com menos coisas à volta, mas mesmo assim é possível vê-lo muito bem de todos os ângulos. Os detalhes são incríveis e é pena que já não esteja inteiro. Fico feliz por terem decidido restaurá-lo, pois já estava a merecer e sempre é uma forma de garantir que dura mais tempo.
Penso que toda a gente o conhece como Templo de Diana, embora o seu nome, digamos assim, seja só templo romano de Évora. A sua associação com a Deusa da Caça Diana crê-se ter originado com uma lenda no século XVII, sendo que a construção do templo é do século I.
É, sem dúvida, uma construção imponente, mesmo ao estilo dos romanos.












Em Évora fascina-me o branco. Sei que é uma qualidade geral das cidades alentejanas, de modo a fazer com que as casas permaneçam frescas no Verão, mas acho sempre bonito ver toda uma cidade da mesma cor. Aqui e ali vêem-se alguns apontamentos de cor e de decorações que animam o branco e a cidade.
Só estivemos uma noite em Évora, mas deu para perceber que também lá as pessoas se juntam para um café nocturno e um passeio nos dias quentes, e é sempre bom ver as pessoas assim reunidas.













Na manhã do segundo dia fomos à Capela dos Ossos, pertencente à Igreja de São Francisco, que também visitámos. Tenho a confessar que, às vezes, tenho gostos um bocadinho macabros. Os meus livros favoritos são policiais com descrições de arrepiar até à espinha, mas que ganham maior veracidade por assim serem. E sempre me cativaram as catacumbas e túmulos.
Aqui no Porto temos as catacumbas da também Igreja de São Francisco e lembro-me que a primeira vez que lá fui fiquei desiludida, pois achei que ia ver os ossos em modo corpo e não organizados por tipo de osso.
Mas na Capela dos Ossos foi diferente. É estranho, sim, a minha mãe até nem conseguiu estar muito templo lá dentro, principalmente porque achava que os ossos não eram verdadeiros e não gostou de saber que são.
Esta Capela foi construída no século XVII, dando uma nova vida a um antigo dormitório de frades, e contém mais de 5000 ossos humanos. Não se assustem, pois não mataram pessoas de propósito para revestir as paredes e colunas. Na altura existiam cerca de 50 cemitérios na cidade e nas suas imediações o que, obviamente, ocupava demasiado espaço. Para fecharem alguns dos cemitérios decidiram usar alguns dos ossos para a Capela. Pode ser macabro, talvez, mas é magnífico.
E há também um propósito por detrás da sua construção: mostrar ao povo a transitoriedade entre a vida e a morte, algo de que temos noção ainda antes de entrar, devido à frase que encima a porta: Nós ossos que aqui estamos, pelos vossos esperamos", mas também de simbolizar o sofrimento de Cristo durante a sua caminhada com a cruz às costas até ao calvário.
Sem dúvida que vale a pena a visita, mesmo que achem que não consigam, ganhem força e entrem.









Antes de seguirmos caminho até Sines, demos ainda um saltinho ao Jardim Público de Évora. Um jardim mesmo muito bonito, com construções do Romantismo. Aqui podemos encontrar também várias ruínas de monumentos que existiram ao longo dos séculos, por isso é um jardim que, apesar de ter as suas construções principais num só estilo, acaba por ser bastante ecléctico.
Nas duas imagens acima, podem ver uma parte das ruínas fingidas, que foram construídas com elementos arquitectónicos de ruínas de monumentos de toda a cidade de Évora, e também um coreto datado do século XIX. Assim vêem os vários tipos de elementos que constituem este jardim.
Há lagos, imensas flores e árvores, patos, gansos, pavões e recantos magníficos para explorar.


Peço desculpa por este post tão longo, mas não faria sentido separá-lo em dois.

Já alguma vez foram a Évora? O que mais gostaram? Conseguiram entrar na Capela dos Ossos?


Lena ♥




© Helena Pereira, Évora for a day, 2017 All Rights Reserved.

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