domingo, 28 de fevereiro de 2016

some more nominees | oscars 2016


Olá!
E eis que chegamos ao dia dos Oscars! Quem está entusiasmado? Eu estou, ahah. Por isso, tal como vos disse no último post, tenho andado a ver alguns dos nomeados e venho cá falar-vos sobre mais alguns (depois prometo parar com posts de filmes por uns dias, ahah).
Só há poucos anos é que este meu interesse pelos Oscars e pelo mundo do cinema se implementou, então eu gosto de tentar ver o máximo que consiga ou queira (pois há filmes cujas temáticas/histórias ou tipos não me interessam, por isso não os vejo) para poder ter uma noção mais exacta do porquê dos filmes terem sido nomeados ou terem vencido prémios.
Hoje vou falar-vos de mais 8 filmes!




The Big Short



Este filme conta a história verídica de quatro homens que conseguiram prever a queda que se iria dar em Wall Street e como tentaram, todos eles, tirar partido da situação em seu benefício ao mesmo tempo que tentavam demonstrar o que iria acontecer.
The Big Short mostra-nos como os mais ricos têm sempre truques na manga para terem ainda mais dinheiro, fazendo com que os pobres o sejam ainda mais, tirando partido de palavreado que só eles compreendem e fazendo promessas vãs.
É um filme super explicativo, pois há várias palavras ou expressões que são explicadas através de texto ou até mesmo a partir da intervenção de personalidades famosas como Margot Robbie e Selena Gomez.
Adorei a direcção do filme, pois há um grande acompanhamento no que toca ao movimento dos actores, logo a imagem não é tão fixa como normalmente acontece. A interacção que os actores têm com o espectador é também algo de salientar, sendo que é como se parassem a sua personagem e explicassem eles próprios alguns detalhes.
A edição também está muito boa, pois há a inserção de várias imagens que todos conhecemos e que aparentemente não têm nada a ver umas com as outras, mas que estão todas ligadas.
Todas as interpretações estão excelentes e sem dúvida que a nomeação de melhor actor secundário para Christian Bale é mais do que merecida.
Penso que é um filme que nos ajuda a conhecer este mundo tão falado do qual não sabemos assim tanta coisa.

Nomeações: Melhor Filme, Melhor Actor Secundário (Christian Bale), Melhor Direcção, Melhor Edição e Melhor Argumento Adaptado.


Brooklyn


Brooklyn é a adaptação de um romance de Colm Tóibín com o mesmo nome.
Conta a história de Eilis, uma rapariga irlandesa que emigra para os Estados Unidos da América, mais precisamente para Brooklyn, na década de 1950, de modo a conseguir trabalhar. Tem a ajuda de um padre amigo da família que lhe arranja trabalho e uma pensão onde morar mas também a inscreve em aulas nocturnas de Contabilidade.
Os primeiros tempos revelam-se complicados, pois Eilis não pensou que a sua mãe e a sua irmã lhe pudessem fazer tanta falta, algo que só consegue ultrapassar quando conhece Tony, alguém que a vai fazer sentir-se em casa e que lhe vai dar a conhecer Brooklyn mas também o amor.
Devido a um acontecimento com o qual não contava, Eilis vê-se obrigada a voltar à Irlanda e aí começa a ter dúvidas sobre se deve ou não regressar à América, porque tudo o que não havia antes de partir está agora nas suas mãos e ela vê-se obrigada a escolher entre dois países e também entre dois homens.
Neste filme existem paisagens maravilhosas e as interpretações estão no ponto, sendo que conseguimos perceber o que cada uma das personagens sente e pensa.
Os adereços e o guarda-roupa (meu Deus, quem me dera ter toda a roupa da Eilis) estão fantásticos.
Não é um filme muito mexido, mas também não é aborrecido, além do mais a história é muito bonita.

Nomeações: Melhor Filme, Melhor Actriz Principal (Saoirse Ronan) e Melhor Argumento Adaptado.


Joy



Joy é mais um filme baseado em factos verídicos e que mostra a luta de Joy para conseguir manter a sua família que constantemente a procura e contam com ela para os ajudar.
Apesar de ter um nome tão marcante, a vida de Joy não teve tanto de felicidade assim, principalmente desde que os pais se divorciaram e ela teve que ficar a tomar conta da mãe.
Joy sempre teve grande capacidade para inventar coisas boas e funcionais e é a partir daí que parte para uma nova aventura que lhe trará muitos pontos baixos mas também coisas boas.
Apesar de ser constantemente apoiada financeiramente pela família, penso que o filme transmite como não corre bem fazer negócios em família. Não sei se era isso que pretendiam passar, mas eu senti raiva constante pelos familiares, pois mesmo ao ajudar não acreditavam nas capacidades de Joy e demonstravam-lhe isso, mas sempre que tinham um problema era com ela que iam ter e, tal como demonstrado no fim do filme, dependiam dela sem o quererem assumir.
É uma grande história de coragem e de esperança e que mostra que vale a pena lutar pelo que queremos, pois ninguém vai fazê-lo por nós.
Penso que a nomeação de Jennifer Lawrence para melhor actriz é completamente merecida, pois faz com que sintamos uma enorme compaixão pela personagem e que desejemos que ela vença e mostre a todos como as suas ideias são boas e como ela própria tem valor.

Nomeações: Melhor Actriz Principal (Jennifer Lawrence).


When Marnie Was There


When Marnie Was There é baseado num romance de Joan G. Robinson com o mesmo nome.
A história é sobre Anna, uma menina de 12 anos que não consegue gostar de si própria e que tem alguma dificuldade em relacionar-se com as outras pessoas, mesmo com os seus pais.
O sentimento que perdura em Anna é o de abandono, pois foi adoptada e sente que a sua família biológica a deixou para trás, mesmo que o motivo do seu "abandono" tenha sido por tanto os pais como avó terem morrido e não houver quem mais pudesse tomar conta dela.
Numa tentativa de melhorar a vida da filha, tanto a nível psicológico como a nível de saúde (Anna tem asma), a sua mãe decide enviá-la para a terra dos seus tios onde poderá desfrutar de ar puro.
Anna logo começa uma série de aventuras com Marnie, uma amiga que se acaba por tornar mais do que isso, e que lhe vai mostrar como a sua vida não é assim tão má.
É uma história muito bonita, bastante emocionante e com uma grande lição.
Tem momentos que tocam mesmo no coração e que me fizeram chorar que nem uma bebé.
Penso que é fácil relacionarmo-nos com Anna, pois todos passámos por uma ou outra fase em que tudo nos parece errado, muitas vezes nós incluídos.
A animação é maravilhosa, algo a que o Studio Ghibli já nos habituou com filmes como Totoro e A Viagem de Chihiro, etc.

Nomeações: Melhor Filme de Animação.


Anomalisa


Anomalisa é um filme que tem como fundo de acção o Hotel Fregoli, nome que nos remete para uma doença com a qual as pessoas vêem toda a gente como sendo a mesma pessoa e por isso há apenas três vozes neste filme.
Ficamos a conhecer Michael Stone que se desloca a Cincinnati para dar uma palestra sobre atender pessoas pelo telefone, assunto principal do livro que escreveu.
Apesar de ser bastante conhecido neste ramo, Michael sente que não se consegue relacionar nem entregar a alguém, pois todos lhe parecem o mesmo, até que conhece Lisa...mas será que ela o vai mesmo salvar?
Gostei imenso do tipo de animação, pois é mesmo como se as personagens fossem pessoas como nós, apenas tendo algumas diferenças, principalmente no rosto. Não sei se é um tipo de animação novo ou não, mas eu nunca tinha visto um filme do género.
É uma história muito interessante e que me deu a conhecer uma doença que eu não conhecia, mas com a qual eu penso que todos nos cruzamos por um dia ou outro.
Não é, de todo, uma animação infantil e gostei de ver esta temática a ser retratada deste modo, sendo que quase lhe dá um tom mais leve.

Nomeações: Melhor Filme de Animação.


Shaun The Sheep Movie



Todos nós conhecemos a Ovelha Choné e as suas aventuras e este filme mostra como uma série com episódios de poucos minutos pode ser convertida ao grande ecrã.
É uma comédia maravilhosa que mostra um momento em que a Ovelha Choné se cansa da rotina que leva na quinta e achou que devia ir dar um passeio, mas tudo corre mal quando tentam que o Fazendeiro não perceba a artimanha delas e ele acaba por ir parar à cidade.
Choné, o cão e as restantes ovelhas partem também para a cidade de modo a conseguir encontrar o Fazendeiro e a levá-lo para casa.
É, tal como disse, um filme muito divertido e que, apesar que não haver diálogos falados, é muito fácil de acompanhar e compreender.
Gostei muito da história e adoro o trabalho em stop motion, vale a pena ver.

Nomeações: Melhor Filme de Animação.


Room


Room, baseado num romance de Emma Donoghue com o mesmo nome, conta a história de Joy e do seu filho, de 5 anos, Jack que se encontram presos num barracão há vários anos, sendo que o menino nasceu lá.
São controlados por um homem que lhe leva comida e bens essenciais mas que não os deixa sair e isso é algo que Joy quer mudar.
Através de um plano, consegue com que Jack saia do barracão e a partir daí tem a oportunidade de encontrar ajuda para a mãe.
Os tempos de adaptação são diferentes para ambos, sendo que Jack corre riscos como alergias e infecções, por nunca ter estado exposto ao ar livre e tem também que se habituar a coisas e tarefas que não conhecia como subir escadas.
Joy tem uma luta diferente pela adaptação, mas mostra sempre coragem e consegue que Jack esteja bem.
É uma história emocionante, ainda para mais tendo em conta que isto acontece realmente, que dá força e mostra como duas pessoas se podem salvar uma à outra várias vezes.
A direcção e a cinematografia estão excelentes, os actores têm interpretações brilhantes que nos fazem sentir o que eles sentem e tenho pena que Jacob Tremblay (actor que interpreta Jack) não tenha sido nomeado, pois, tendo em conta o papel que desempenha, fez um trabalho excepcional.

Nomeações: Melhor Filme, Melhor Actriz Principal (Brie Larson), Melhor Direcção e Melhor Argumento Adaptado.


The Danish Girl


Quero começar por dizer que acho errado este filme não estar nomeado para melhor filme, pois acho que está muito bem conseguido, tem uma mensagem forte e consegue mostrar um mundo controverso sem chocar.
Conta a história de Einar Wegener, um pintor dinamarquês que sempre se sentiu como não sendo ele, algo que comprova e que ganha vida quando começa a posar para a sua mulher, a também pintora Gerda Wegener, com trajes femininos.
Dentro de Einar está Lili, uma mulher que anseia sair e a quem o pintor vai dar o protagonismo da sua vida.
Podemos acompanhar a sua transformação física mas também psicológica, e ficamos a conhecer o caso real da primeiro pessoa que realizou uma operação para mudar de sexo.
O papel de Gerda é fundamental e, ao pôr a sua vida em segundo plano, ajuda Einar e mostra como o amor vence tudo.
Tanto Eddie Redmayne como Alicia Vikander têm interpretações absolutamente fantásticas que originaram um filme que, tal como disse no início, é maravilhoso.
A cinematografia é muito bonita e mostra paisagens e close-ups muito bem conseguidos. O guarda-roupa é também excelente.

Nomeações: Melhor Actor Principal (Eddie Redmayne), Melhor Actriz Secundária (Alicia Vikander), Melhor Guarda-Roupa e Melhor Design de Produção.


Viram algum destes filmes? Vão ver os Oscars? Quem são os vossos favoritos?


Lena ♥




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