sábado, 23 de fevereiro de 2019

Oscars Nominees 2019 | Round 1


Olá!
Neste post vou falar-vos de vários filmes com nomeações aos Oscars que não tive oportunidade de ver no cinema. Este será o primeiro post do género e amanhã vem o segundo!
Fiquem, então, com a minha opinião sobre estes 6 filmes.


Roma

Roma é um filme com acção no México do início dos anos 1970. Tem como personagem principal Cleo (Yalitza Aparicio), uma empregada doméstica de uma família grande e com quem se dá bastante bem.
O filme acompanha um período de mudança tanto para Cleo como para a família, cujas alterações se reflectem mais na mãe (Marina de Tavira).
Sem dúvida que este filme é uma excelente entrada no mundo dos Oscars e traz algo de diferente em relação aos outros nomeados. Um filme a preto e branco e com falas que aparecem apenas quando necessárias e por parte das personagens secundárias. Cleo fala a partir da linguagem corporal que é fácil de ler e interpretar.
É feito de imagens muito bonitas e que nos dão uma visão sobre a vivência Mexicana da época, seja na vida doméstica como nas ruas. Inclui também elementos relacionados com o Festival Corpus Christi, que teve lugar em 1971 e que foi uma manifestação de estudantes que acabou num banho de sangue, pois estes foram cercados e muitos deles mortos pelas forças militares. Este evento acaba por ter uma grande importância para o desenrolar da história do filme.
Alfonso Cuarón, o realizador, optou por utilizar um ângulo aberto que nos permite acompanhar os movimentos das personagens sem estamos demasiado em cima deles, ao mesmo tempo que nos permite ver tudo o que os rodeia e assim perceber os vários cenários e ambientes.

Nomeações: Melhor Filme; Melhor Filme Estrangeiro; Realizador (Alfonso Cuarón); Actriz Principal (Yalitza Aparicio); Actriz Secundária (Marina de Tavira); Cinematografia; Argumento Original; Design de Produção; Edição de Som; Mistura de Som.



Isle of Dogs


Com acção na cidade japonesa de Megasaki, assistimos a uma sociedade que se quer ver livre de todos os cães, devido a uma gripe canina que afecta todos eles.
Estes animais acabam a ser enviados para a Ilha do Lixo, deixados à sua sorte. Ficam abandonados e uns contra os outros numa luta pela sobrevivência.
Até que aparece Akari, um rapaz adoptado pelo Mayor da cidade, que vai em busca do seu cão, Spots.
Mais um filme realizado e escrito por Wes Anderson, com uma animação na qual os cães parecem mais reais do que tudo o resto. O 2D aliado à stop-motion faz com que existiam detalhes incríveis ao nível dos cabelos, pêlos e até as sardas e feridas, das quais conseguimos perceber tudo.
Todos os actores que deram a voz parece que foram 100% feitas para o fazer para a personagem em questão. Consigo rever muitos dos actores nos cães.
Uma história de compaixão e amizade que continua a comprovar que é verdade quando se diz que "o cão é o melhor amigo do homem".
Um filme no qual o Japão vê as suas histórias e tradições serem absolutamente respeitadas, algo que o torna ainda mais bonito que faz valer muito a pena vê-lo.

Nomeações: Melhor Filme de Animação; Melhor Banda Sonora.


The BlacKkKlansman

Baseado em eventos reais, The BlacKkKlansman conta a história de Ron Stallworth (John David Washington), um polícia afro-americano que se vonsegue infiltrar no grupo local do Ku Klux Klan (KKK), anos anos 1970.
Sendo ele afro-americano, pede ajuda ao seu colega Flip Zimmerman (Adam Driver), um polícia judeu (algo mais fácil de esconder do KKK) que assuma o seu lugar nos encontros físicos com os membros dessa organização, como eles gostam de se chamar.
Com interpretações absolutamente incríveis, que nos ajudam a ficar incrédulos com tudo o que aconteceu, sendo que Spike Lee conjuga isso com uma sátira incrível utilizada nos momentos certos e na medida correcta.
Gosto sempre de ver este tipo de filmes, pois contam histórias de uma época que não a minha e que não foram tão marcantes em Portugal como foram, neste caso, nos Estados Unidos da América.
Um filme que todos deviam ver, até porque, infelizmente, é muito ligado a eventos recentes, sendo que é exactamente com esse foco que o filme termina.

Nomeações; Melhor Filme; Melhor Banda Sonora; Argumento Adaptado; Actor Secundário (Adam Driver); Realizador (Spike Lee); Edição de Filme.


Cold War

Com acção no período da Guerra Fria, nos anos 1950, que atravessa a Polónia, Berlim, Jugoslávia e Paris, Cold War conta a história de Wiktor (Tomasz Kot) e Zula (Joanna Kulig), que se conhecem com a criação de uma Escola de Música e Bailado na Polónia.
Com temperamentos e passados diferentes, acabam por se apaixonar. Abandonam-se múltiplas vezes, mas sem nunca deixarem de estar condenados um ao outro.
Mais um filme a preto e branco e que se apresenta em formato quadrado, uma característica que, de certo modo, nos aproxima mais da história.
As imagens são belíssimas e misturam-se com a atmosfera da relação do casal, dando também alguns apontamentos sobre o clima político e social da época.
A história é muito bem contada pelos actores principais, que nos mostram tudo com os olhares e os movimentos corporais. Nunca tinha visto um filme em polaco e, embora tenha legendas, são exactamente essas acções que vão denunciando alguns dos momentos que se vão seguindo.
É uma história de amor complicada, num período conturbado e de poucas esperanças, que acaba por ser o mote para a relação.

Nomeações: Melhor Filme Estrangeiro; Realizador (Pawel Pawlikowski); Cinamtografia. 


The Wife

Que o marido Jow Castleman (Jonathan Pryce) recebe a notícia de que é o vencedor do Prémio Nobel da Literatura, Joan Castleman (Glenn Close), The Wife, traz ao de cima todo o ressentimento que acumula com a relação que tem com ele há 40 anos.
A viagem e a estadia na Suécia assumem-se como um ponto de ruptura. Joan está cansada de se sacrificar em prol do marido e de desculpar todas as suas infidelidades como parte do seu processo criativo. É na noite que antecede a entrega do prémio que decide revelar o maior segredo que escondem estas 4 décadas em comum.
Uma história que podia ser real e que nos mostra uma Glenn Close incrível! Conseguimos sentir o desespero e até o desprezo melhor marido só pelo seu olhar e como finge ter o entusiasmo que esperam dela.
A imagem do ditado que nos diz "atrás de um grande homem há sempre uma grande mulher".

Nomeações: Actriz Principal (Glenn Close).


Can You Ever Forgive Me?

Quando a escritora Lee Israel deixa de ver os seus trabalhos publicados e é incentivada a mudar de atitude bem como a encontrar algo novo com que se ocupar profissionalmente, decide virar-se para o lado do crime. Não aquele crime que provavelmente estão a pensar, mas um relacionado com falsificações de cartas de escritores e actores bem sucedidos que ela admira e que sabe que mais admiram.
Esta sua nova forma de rendimento revela-se bastante compensadora e permite-lhe pôr a vida em ordem, bem como viver desafogadamente. Mas esta não seria uma história digna de ser contada se não desse para o torto, não é?
Can You Ever Forgive Me? mostra-nos uma história real, contada através da própria Lee Israel num livro, sendo a partir daí que vemos este filme ser adaptado.
Melissa McCarthy e Richar E. Grant formam uma dupla comovente e que une pelos seus infortúnios na vida e pela incompreesão que sentem por parte dos outros. Mesmo assim, têm o seu lado de humor, muitas vezes negro ou mais provocante, algo que dá um toque de leveza ao que se passa nas suas vidas. Há trocadilhos extremamente engraçados por todo o filme.
Um história interessante, divertida e também comovente que vale mesmo a pena conhecer!

Nomeações: Actriz Principal (Melissa McCarthy); Actor Secundário (Richar E. Grant); Argumento Adaptado.


Já viram algum destes filmes? Consideram algum um favorito a uma das categorias para que está nomeado? Contem-me tudo!


P.S.: todas as imagens são de imdb.com.


Lena ♥


© Helena Pereira, Oscars Nominees 2019 | Round 1, 2019 All Rights Reserved.

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